Todas as pessoas de grãos vivem até que os transformem. Para se pensá-los é preciso considerar que se pode armazená-los, em estocagem de grãos. A abertura para o armazenamento é o fundamento para a consideração das pessoas.
As pessoas que morem naquele bairro, onde o solo é propício, são amassadas até fazer um purê. A partir daí alguém os coloca em esterilização, partindo para a liquefação, o que facilita o transporte, sem a necessidade de gasodutos, caríssimos; apenas de carros criogênicos. A sacarificação, por final, é feita, simultaneamente com a fermentação.
Pessoas decantadas até que deixem de ser, pois são divididas em gás e líquido. A metafísica, portanto, nossa grande criadora de álcool anidro carburante; já que, sem ela, nada decantado andaria.
Do milho, debulhado e amassado, lavado, secado, decantado, temos a sublime transformação em álcool de qualidade industrial – álcool anidro: destilação azeotrópica ou por peneira molecular – passando, por último, por separação da vinhaça, evaporação e secagem do subproduto.
Daí as pessoas-grãos desexistem por passarem a ser conterrâneos da decantação.
Karinna