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24 April 2008

Outras Notícias

Não vou às rimas como esses poetas
que salivam por qualquer osso.
Rimar Ipanema com morena
é moleza,
quero ver combinar prosaicamente
flor do campo com Vigário Geral,
ternura com Carandiru,
ou menina carinhosa / trem pra Japeri.
Não sou desses poetas
que se arribam, se arrumam em coquetéis
e se esquecem do seu povo lá fora.

(Poema de Ele Semog / Cadernos Negros: os Melhores Poemas, 1998, p.58)

23 April 2008

No 2











http://sofoto.wordpress.com/2007/03/09/janela/

20 April 2008

O Reflexo de K. R.

O espelho
Não é uma fronteira
Cercada de uz
Se parece mais com o que divisa um lago

Ou com a imagem da nuvem que toca sem tocar
esse lago do nosso olhar.

Poema de Marcelo Ariel, do se novo livro:
Tratado dos Anjos Afogados

14 April 2008

John Donne

"O que o meu Anjo branco põe não é
O cabelo mas sim a carne em pé."

A Permanência das Coisas

"Hoje, na cultura de massa, na sociedade de consumo, desenvolveu-se o menosprezo pelas coisas. as coisas não duram. as coisas não têm permanência nem relação com o homem. elas, por si, são perecíveis e pedem a sua destruição na exigência de uma reatualização de mercado. as coisas são destruídas para manutenção da subjetividade daquele que a destrói. a coisa não é mais sagrada. sem o sagrado não há a reverência e a gratidão por tudo o que se consome. consumo tornou-se expressão e destruição. antigamente as coisas duravam uma vida. envelheciam com o homem. a vida em verdade passou hoje a ser uma contagem de duração das coisas.

O poeta deve amor pelas coisas. ele precisa compreendê-las, caso contrário sempre estará restrito a sua individualidade. será sempre o poeta de si mesmo. o cantor do eu. ser poeta é habitar o entreato das coisas."


Trecho do texto de Márcio-André retirado de:
http://www.confrariadovento.com/revista/numero2/marcioandre.htm