31 December 2010
30 December 2010
ALGUMAS PERGUNTAS A UM HOMEM BOM
Bom. Para quê?
Você não é corrupto,
Mas o raio que destrói a casa
Também não é corrupto.
Você diz: jamais se desdiz.
Mas o que você diz?
Você é de boa fé
Declara a sua opinião
Mas qual opinião?
Você tem coragem
Contra quem?
Você é um artista
Repleto de sabedoria
Pleno de talento
Para quem?
Você não visa o próprio interesse
O interesse de quem, então?
Você é um bom amigo,
De boa gente?
Então, escuta:
Nós sabemos que você é o nosso inimigo.
Por isso vamos te encostar no paredão.
Mas, em consideração aos seus méritos
E às suas boas qualidades,
Num bom paredão.
E te fuzilar com boas balas
Disparadas por bons fuzis
E te enterrar
Com boa pá
Em terra boa.
Poema de Bertold Brecht
Tradução: Maria Alice Vergueiro / Catherine Hirsch
*Roubei este poema do blog Cantar a Pele de Lontra IV, do Claudio Daniel:
http://cantarapeledelontra.blogspot.com/
Você não é corrupto,
Mas o raio que destrói a casa
Também não é corrupto.
Você diz: jamais se desdiz.
Mas o que você diz?
Você é de boa fé
Declara a sua opinião
Mas qual opinião?
Você tem coragem
Contra quem?
Você é um artista
Repleto de sabedoria
Pleno de talento
Para quem?
Você não visa o próprio interesse
O interesse de quem, então?
Você é um bom amigo,
De boa gente?
Então, escuta:
Nós sabemos que você é o nosso inimigo.
Por isso vamos te encostar no paredão.
Mas, em consideração aos seus méritos
E às suas boas qualidades,
Num bom paredão.
E te fuzilar com boas balas
Disparadas por bons fuzis
E te enterrar
Com boa pá
Em terra boa.
Poema de Bertold Brecht
Tradução: Maria Alice Vergueiro / Catherine Hirsch
*Roubei este poema do blog Cantar a Pele de Lontra IV, do Claudio Daniel:
http://cantarapeledelontra.blogspot.com/
5 December 2010
4 December 2010
Divisa de terras
O lago quando memoriza objetos indefinidos
Descobre a divisa dos mortos
O tempo dos cavalos que se extraviam
E pelas terras findam no horizonte
Ante o que vê sempre
Seus olhos sondam e caminham a extensão da pele
Com um fim
dentre-dentes
Na construção de uma tempestade:
Ou na
Estática nuvem mímica, aguda
À qual alcançam até as crianças: a festejar o enigma.
Perder a memória das poucas horas -
O medo de não caber no tempo
K.A.Gulias
Descobre a divisa dos mortos
O tempo dos cavalos que se extraviam
E pelas terras findam no horizonte
Ante o que vê sempre
Seus olhos sondam e caminham a extensão da pele
Com um fim
dentre-dentes
Na construção de uma tempestade:
Ou na
Estática nuvem mímica, aguda
À qual alcançam até as crianças: a festejar o enigma.
Perder a memória das poucas horas -
O medo de não caber no tempo
K.A.Gulias
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