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13 December 2016

Novo poema, novo livro


Poema do meu novo livro "Estória: Significados da Continuação"

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Novo poema, novo livro


Meu novo livro se chama "Estória: Significados da Continuação"

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10 November 2016

Wolfchase

Rain

Clattering around my eyes like a herd of bucks

During a wolfchase


Rain,

Then rain

It is as I am:

An image of a firecat

Projected onto my eyelids.



By Karinna A Gulias
Homage to Wallace Stevens

30 October 2016

Interessante leitura, que descobri recentemente: -- Isadora Machado

[a busca]

"deito-me na grama com minhas breves palavras. tais quais moscas, tudo que penso-pedra me persegue em rodopios resumidos."

(...)

"dessa busca: medito meu abdômen, e nele contemplo o Macho."

(...)

Mojuba!

"darei ao não-quer-ser da vida os nomes de filha e filho -- raça gerada colheita, maldito seja o parassempre dos genes."

(...)

Zarabanda p'a que zarabanda#1 -

"que seu nome é nome pela existência com a qual lhe crio. então que seja útil a você o caminho que carrega. dínamo viril p'a que sejam flores. p'a que navegue: pois que corrente seja fluxo, e que não ate [sic]; pois que maré seja coragem, e não assim. o som é mudo. o som é mudo. o som é mudo. fazendo desse canto poema diminuto, e não reza. e que ele deseje a festa e peça a quimera e queira a ferida e então cuide. que este isto lhe queira para o mundo finito. peço por tantos que você fique. longe ou perto, que viva entre as ervas e transforme-se hera. então que a palavra seja mágica não por força da reza, mas por força da palavra -- pois fé não é latifúndio da crença: é desejo de permanecer no fluido coração que eu te dou e que te faz ser tudo. no fim é só p'a que você seja. gagueje essa língua Criolla que te cria então eu lhe nino pelos dedos desenhados com a ponta da pena." (...)



Citações do livro Misantrópolis (Konkomunz Livro 1) de Isadora Machado, Jul 13 2015

21 September 2016

"Patronising" - a self-contradictory word

Let's remove the word "patronising" from the British dictionary, please. My eyes roll to this word and the people who use it. Normally, the ones who frequently patronise others are the ones who use this word the most, especially to manipulate people with different opinions.

12 September 2016

7 September 2016

[Torre-olho]

Nos atos emque nossa terra espera grandezas de líder, ordenados, verticalismos, emque o sagrado purifica a palavra humana e implanta cidades, habitações de seres autônomos com seus caminhos postiços. Vigente. E da mulher, conceito e instituição moral: aquela que pronuncia a defesa da palavra presentérita. Planta datual guerra e comércio. Nas leituras emque tudo está na verdade daqueles que pensam na linha da história romântica, ideológica e cronológica: Descascar.

Nos atos feitos pelo nó da justiça da igualdade da liberdade. Os olhos encaram o objeto dismisso. Predomínio das coisas à imagem do vento: desmitificar de nomes e terras: Vento. Uno. Sobre aquelas que gestam: as coisas, a mulher, as mulheres, a terra; irremediavelmente iguais à vista. Conceitos puros presentéritos. Do subjeto olho que age livre. Conhecimento ativo: Descascar. 

Conflito: Não está tudo no olho de um.

A língua se faz com dois. O lugar: a guerra e a gesta.

Karinna A. Gulias
Texto de abertura do livro Maria da Graça, Terra dos nomes perdidos, que não foi publicado na primeira edição.

"Me gustan los que se callan y me gustan los que cantan"

16 August 2016

Disaster

In a world of poetry and poets
What is propriety if not cynicism,
Greatness if not fear?

We were born in a battlefield 
And all of us have lost

By and by we come to grips with loss of memory
In our endless growth.



By Karinna A. Gulias





Alejandra Pizarnik

Continuidad

No nombrar las cosas por sus nombres.
Las cosas tienen bordes dentados, vegetación lujuriosa.
Pero quién habla en la habitación llena de ojos.
Quién dentellea con una boca de papel.
Nombres que vienen, sombras con máscaras.
Cúrame del vacío -dije.

 (La luz se amaba en mi oscuridad.
Supe que ya no había cuando me encontré
Diciendo: soy yo.) Cúrame -dije.




Los trabajos y las noches

Para reconocer en la sed mi emblema
Para significar el único sueño
Para no sustentarme nunca de nuevo en el amor
He sido toda ofrenda
Un puro errar
De loba en el bosque
En la noche de los cuerpos
Para decir la palabra inocente.



Presencia

Tu voz
en este no poder salirse las cosas
de mi mirada
ellas me desposeen
hacen de mí un barco sobre un río de piedras
si no es tu voz
lluvia sola en mi silencio de fiebres
tú me desatas los ojos
y por favor
que me hables
siempre

27 July 2016

Some thoughts on interpretation and value 3 -- the reverence to our dead in bare soil

If not on rocks, then on concrete; we revere our dead ancestors. Our work, an imprint of our giant step.

So pure our memory, bare a land of many properties. Contrarily, if we pour libation on the ground, we offer language. If we offer language and a mother, then there must be no God. Humanity: realistic concept born to a breeding slave with no legs.

Who am I. Who are you.

Our present, spirituality from speculation. I : I – don’t know who I am. Mirroring to an eternal return; with no presence or gratitude.

What do we truly leave behind? I word you or prejudice.


By Karinna A. Gulias

Burial area at Calverton National Cemetery.

26 July 2016

Shhhhh ou Uma possível outra lírica

Shhhhh

O calor quebrou o vento
Ao redor de um poço

Um homem de areia
Se curva frente ao sol

O que é um deus
que abre um dia ou deita o céu

Um homem de areia
Se curva frente ao sol

Um homem assim se deita
Segura a sua face
Com dedos de areia
Quebrados com a seca

O achado de um homem, uma voz amiga
As vozes das paredes e cidades
Emudecidas em um nó pela água

Um homem de areia
Se curva frente ao sol
O que é um deus
que abre um dia ou deita o céu



Karinna A. Gulias

19 July 2016

I'm sorry

I'm sorry I have been away for so long. I usually post at least once a month and I intend to keep this way forward. Hopefully more frequently, but let's not promise what we may not be able to deliver. Thank you all for reading my blog.

Beautiful poem by René Char

Click on image to read all the four pages - it's well worth it

27 May 2016

Sexualidade como recato versus punição: os grilhões do patriarcado

É dever de uma sociedade que procura o respeito e a liberdade individual como base de sua democracia e civilização instituir o conhecimento e entendimento sobre cultura e sexualidade. Isso é tão importante quanto ensinar ética nas escolas e em casa. Nós adultos devemos discutir com os jovens sobre a sexualidade tanto feminina como masculina, sem distinções ou limitações com base moral religiosa-patriarcal. O recato/punição historicamente relacionado ao sexo, ou melhor à sexualidade, afeta negativamente não só as meninas/mulheres ao serem punidas por expressarem a sua sexualidade abertamente, mas afeta também os meninos/homens por não saberem lidar com a sexualidade sua e de outrem de maneira aberta, saudável e sem o tabu moral.




by Karinna A. Gulias

26 May 2016

Vulnerabilia

Now is
and is not

When dreams insinuate space
and there isn't enough time.
When dreams come out of hands,
empty. Wishing good days.
Forgetting words.

In time, it comes change...


Por que não há versação?

Em caminhos ensolarados, forço-me
ver uma estátua-momento.

Quando do tempo considera-se o tempo,
palavras nascem.



by Karinna A. Gulias

7 April 2016

It Happens that One Day

It happens that one day
where I was at
and the way I was


(...)
nor at the beginning
nor the beginning itself
(...)


Fragments from It Happens that One Day by Antonin Artaud; Translated by David Rattray

25 February 2016

Introdução a uma lírica

Em ombros de barro caminhei
Com a chuva se desmancharam
Caminhei, ainda caminhei
Com a chuva se desmancharam
Ainda caminhei

Se é verão, não sei dizer
Se é verão, não sei dizer
Queria mais é andar, andar, andar...

Se menestrel cantasse, eu ouviria
Como a um raio
No início de uma tormenta
Ah, eu ouviria

A feira de todas a guerras
A feira de todas carnes
Me dá alegria, pois é passageira
Uma ciranda passageira de vizinhos e estrangeiros
Gritam: eu sou! –
Como o mar e seus ombros de descaso e vigília



Karinna A. Gulias

18 January 2016