As laranjas estranhas desta terra nova se fazem doces
para mim. Uma palma da mão
dada, sem pedir; Cabe bem,
crescida do verde como em qualquer outra,
de cor laranja poente. Veja o seu céu.
Uma terra sem nome
recebe. Nasce e se deita
junto ao sol. Entre-come entranhas
e troca pássaros por ventos
e borboletas e serpentes
e carcassas e se faz.
Veja se o seu céu, se lhe pede a atravessar:
Que se fosse,
para passar um dia fosse preciso pedir...
para passar o vento fosse preciso pedir...
para passar a morte fosse preciso pedir...
Karinna Alves Gulias