Dentro do pensamento Freireano da vocação do ser humano para o ser mais e a busca da liberdade, Israel e Palestina se deixam pecar.
Que existe lá uma relação doentia de opressor-oprimido é inquestionável. Seja de que ideologia um seja, negá-la é negar a realidade por uma falsa sensação de segurança e defesa de uma verdade política manca.
A política de desumanização é castradora, pois só cultiva o ser menos do ser humano. O agente opressor desumaniza o oprimido, para que seus atos não sejam criticados ou julgados de maneira justa, mas ao fazê-lo, o opressor também desumaniza a si mesmo, mesmo que de maneira distinta. É uma relação sórdida e inconsequente para com qualquer das partes envolvidas, que vem da falta de auto-questionamento e um medo ignorante da liberdade.
Qualquer ser humano ou grupo ou facção que se usa da retórica da desumanização para afirmar uma verdade ou uma ação se faz automaticamente um ser menos e, portanto, merece e deve ser questionado.