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14 April 2008

A Permanência das Coisas

"Hoje, na cultura de massa, na sociedade de consumo, desenvolveu-se o menosprezo pelas coisas. as coisas não duram. as coisas não têm permanência nem relação com o homem. elas, por si, são perecíveis e pedem a sua destruição na exigência de uma reatualização de mercado. as coisas são destruídas para manutenção da subjetividade daquele que a destrói. a coisa não é mais sagrada. sem o sagrado não há a reverência e a gratidão por tudo o que se consome. consumo tornou-se expressão e destruição. antigamente as coisas duravam uma vida. envelheciam com o homem. a vida em verdade passou hoje a ser uma contagem de duração das coisas.

O poeta deve amor pelas coisas. ele precisa compreendê-las, caso contrário sempre estará restrito a sua individualidade. será sempre o poeta de si mesmo. o cantor do eu. ser poeta é habitar o entreato das coisas."


Trecho do texto de Márcio-André retirado de:
http://www.confrariadovento.com/revista/numero2/marcioandre.htm

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