Contos do Céu

Milho

Todas as pessoas de grãos vivem até que os transformem. Para se pensá-los é preciso considerar que se pode armazená-los, em estocagem de grãos. A abertura para o armazenamento é o fundamento para a consideração das pessoas.


As pessoas que morem naquele bairro, onde o solo é propício, são amassadas até fazer um purê. A partir daí alguém os coloca em esterilização, partindo para a liquefação, o que facilita o transporte, sem a necessidade de gasodutos, caríssimos; apenas de carros criogênicos. A sacarificação, por final, é feita, simultaneamente com a fermentação.


Pessoas decantadas até que deixem de ser, pois são divididas em gás e líquido. A metafísica, portanto, nossa grande criadora de álcool anidro carburante; já que, sem ela, nada decantado andaria.

Do milho, debulhado e amassado, lavado, secado, decantado, temos a sublime transformação em álcool de qualidade industrial – álcool anidro: destilação azeotrópica ou por peneira molecular – passando, por último, por separação da vinhaça, evaporação e secagem do subproduto.

Daí as pessoas-grãos desexistem por passarem a ser conterrâneos da decantação.


Karinna

Comments

Priscila Lopes said…
Quanto ao comentário que deixei no outro post, seja breve!

Aguardo seu contato.

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